Em 2024, no entanto, região esteve entre as que registraram menor número de casos
De acordo com dados mais recentes divulgados pelo boletim Barriga Verde, informativo da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado de Santa Catarina, foram notificados 2.339 casos novos de tuberculose em 2024, apresentando uma incidência de 29 casos por 100 mil habitantes, segundo estatísticas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Na avaliação do número de óbitos no território de catarinense no ano 2024 foram 119 óbitos por tuberculose, o que revela uma taxa de mortalidade pela doença de 1,47 óbitos por 100 mil habitantes, segundo o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
Dados apurados pela reportagem via Sinan, do DataSUS, apontam que entre os anos de 2014 e 2024, o Planalto Norte registrou 434 casos de tuberculose. Canoinhas está entre os três municípios com o maior número de casos registrados, sendo 86 notificações. O município com o maior número de casos na região durante é o período é o de Porto União, com 133 casos. Logo na sequência, em 2º lugar no ranking, o município de Mafra, com 91 casos registrados em 10 anos.
Três Barras vem logo depois de Canoinhas, com 63 casos registrados durante o período. Na sequência, Papanduva (22), Itaiópolis (15), Monte Castelo (12). Todos os demais municípios da região, tiveram mais de 10 casos registrados entre 2014 e 2024, sendo seis casos em Major Vieira, cinco em Bela Vista do Toldo, e apenas uma ocorrência em Irineópolis durante o período.
Casos de tuberculose no Planalto Norte entre 2014 e 2024
Infogram
TAXA DE CURA
Ainda de acordo com informações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) de Santa Catarina, o Planalto Norte registrou a segunda maior taxa de cura da tuberculose no ano de 2023, com um índice de 77,5%.
Ainda que a taxa de cura na região do Médio Vale do Itajaí seja superior à do Planalto Norte, com 78,2%, há também uma taxa de pacientes que abandonaram o tratamento, que é de 3,4%, enquanto que no Planalto Norte nenhuma desistência foi registrada durante o ano de 2023.
Neste sentido, tais regiões foram as únicas que atingiram as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose, de ao menos 77,5% de cura e menos de 5% para abandono de tratamento.
Na região do Planalto Norte, de acordo com estatísticas do DataSUS, apenas duas mortes por tuberculose pulmonar foram registradas entre os anos de 2020 e 2024, sendo uma em Mafra e outra em Canoinhas.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria que afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e cérebro. “A transmissão se dá por via aérea e pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada. O contato direto com o doente em ambiente fechado e com pouca ventilação e ausência de luz solar representa maior chance de outra pessoa ser infectada”, explica Lígia Castellon Gryninger, médica infectologista da Dive.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse (por três semanas ou mais), associada ou não a febre (especialmente à tarde), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento.
