Programa Esgotamento Sobre Rodas fará a coleta do lodo nas cidades vizinhas de Canoinhas e levará para o tratamento na ETE
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) concluiu a implantação de um sistema de pré-tratamento auxiliar na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Canoinhas. A obra, que contou com investimento de R$ 180 mil, permitirá receber os resíduos de caminhões limpa-fossa tanto da iniciativa privada quanto do Programa Esgotamento Sobre Rodas da Casan.
Segundo a Casan, o novo sistema reforça a capacidade de tratamento da ETE e possibilita ampliação do tratamento de esgoto nos pequenos municípios da região. “Essa adaptação vai otimizar nosso processo de tratamento, reforçando nosso compromisso com a sustentabilidade ambiental”, acrescenta o chefe da Agência de Canoinhas, Adriel Furtado de Castilho.
O Programa Esgotamento Sobre Rodas fará a coleta do lodo nas cidades vizinhas de Canoinhas e levará para o tratamento na ETE. Na primeira etapa do programa, uma equipe da Casan em conjunto com as Prefeituras visita os imóveis para verificar quais residências já estão aptas a receberem a coleta. Em Major Vieira e Bela Vista do Toldo, as vistorias devem começar até o fim de abril.
Caso a residência não esteja apta a receber o serviço, a Casan vai orientar o morador sobre a regularização da estrutura e informar as Prefeituras para que tomem providências visando garantir a correção. Para auxiliar nesse trabalho de regularização, a Companhia desenvolveu a Cartilha Solução Individual para Tratamento de Esgoto Sanitário.
ESGOTAMENTO SOBRE RODAS
De acordo com a companhia, o objetivo do Programa Esgotamento Sobre Rodas é ampliar os indicadores de esgotamento sanitário no Estado, por meio de um sistema alternativo destinado aos pequenos municípios, que dispensa o assentamento de redes coletoras, a construção de elevatórias e de grandes estações de tratamento, infraestruturas de alto custo de implantação e manutenção.
A estratégia também leva em conta a característica populacional da maioria dos municípios em que a Casan opera. Entre 193 cidades, 140 têm até 15 mil habitantes. Nesse cenário de baixa densidade populacional, as avaliações econômicas demonstram que é inviável a implantação dos tradicionais sistemas de tratamento de esgoto.
Nos municípios de Descanso, Mondaí e Iporã do Oeste o programa já está em funcionamento em sua etapa piloto e segue sendo ampliado para outras cidades de pequeno porte.